O sangue do justo

O juiz relator do processo de cassação de Sergio Moro critica a postura do PT, e só deste, que teria requerido a cassação do senador por mera oposicão política. Ainda que o relator critique, a atitude do PT foi legítima, pois fazer oposicão comporta ate ação mesquinha, que – data venia do relator – definitivamente não foi o caso, pois a premissa do senador a contraria se lembrarmos que o senador também foi impugnado em sua candidatura pelo Estado de São Paulo.

Nada bastasse, o outro adversário da eleição do senador foi o PL, partido a quem prestou assessoria qualificada no debate de Jair Bolsonaro com Lula. Portanto, trata-se apenas de política, que adota métodos que repugnam a visão de mundo estrita e legalista dos magistrados. Ainda assim, em algo que não qualifica a opinião do relator, há de se lembrar que Deltan Dallagnol, companheiro de política e de aventura de Sergio Moro, foi absolvido por unanimidade pelo TRE do Paraná e em seguida cassado por unanimidade no TSE. Portanto, ou ninguém esta limpo ou todos estão sujos do sangue desse justo, o senador Sergio Moro.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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