A conspiração

© Ícaro Castilho

O golpe foi tramado na Área 51, em Roswell, por iluminatis, templários, maçons e membros do Priorado do Sião, sob as ordens de Elvis Presley, que presidiu a reunião final deitado em uma banheira cheia de gelo e sem um dos rins.

Isso explica o incomensurável poder dos conjurados, que comandam pessoas chave de todas as áreas, de todos os estados, de todas as cores ideológicas, de todos os poderes da república e têm ramificações em todo o mundo.

A força tarefa da Lava Jato é formada de robôs incorruptíveis construídos por incas venusianos em Alfa Centauri, sob encomenda dos golpistas. Porém, estão fora de controle e, por isso, avançam também sobre os próprios criadores, pois agora têm o poder dos ovos do dragão, descobertos no cânion do Quartelá, perto de Curitiba.

Ao contrário de nós, comuns mortais, que mal conseguimos montar uma pegadinha coordenando 10 pessoas para animar o aniversário de um colega da firma, eles têm um poder de organização sobre-humano. Hipnose e domínio da mente à distância, além de sessões de satanismo e chips implantados no cérebro, estão entre seus métodos.

Sendo assim, eles uniram em um grande organismo pluricelular sob seu comando, todas as instâncias da justiça federal, polícia, receita, o banco central, ministério público, governos e bancos estrangeiros, as revistas, as rádios, as redes de televisão, os blogueiros, os humoristas e, até, os atores pornôs, para derrubar titular e vice de um governo inocente, puro e besta.

E a grana que escoou da Petrobras, do BNDES, da Previ e seus etecéteras? Perguntariam vocês, incrédulos. Acontece que, estes bilhões de dólares tirados dos cofres públicos são cenográficos, parte deles impressos em Hollywood e a outra fornecida pelo banco central dos EUA, direto de Fort knox, por meio de um comando secreto ao qual nem a CIA tem acesso, só para incriminar inocentes.

E os porquês de tudo? Aham, então vocês querem os porquês, não é mesmo? Por que uma organização tão poderosa não resolveu isso tudo de modo mais rápido, limpo, sem todos esses anos de drama e esperneio?

Simples: por pura malvadeza. São vilões, portanto gostam de matar os nossos heróis aos poucos, devagarinho, com traquitanas esdrúxulas e máquinas bizarras, enquanto fazem discursos e gargalham gostosamente.

Roberto Prado

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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