A barganha no Brics

A diplomacia brasileira vai aproveitar a pressão da China e da Rússia para ampliar o número de países no Brics (acrônimo em inglês para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e, portanto, atendidos pelo banco de desenvolvimento do grupo— para pressionar os chineses a defenderem a inclusão no Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

Mais de 20 países estão na fila para integrar o grupo. Tanto China como Rússia veem na sua ampliação uma oportunidade de aumentar a influência no mundo, em contraposição aos financiadores tradicionais, como o Banco Mundial e o FMI.

O Brasil é reticente, porque teme a perda de relevância global. Atualmente, o Brics rivaliza com o G7, que na teoria incluiria as maiores economias do mundo, mas exclui China e Rússia.

A contrapartida brasileira é a inclusão do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, uma medida apoiada pela Rússia e não completamente rejeitada pelos Estados Unidos. Mas a China é contra, por temer que, numa eventual reforma, entre a Índia – que, apesar de compor o Brics, é sua adversária regional e com quem tem contencioso em fronteiras.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em O Bastidor. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.