Não é por ela, é por ele

Na iminência de entrar na mira da CPI do 8 de Janeiro por conta do encontro com o hacker Walder Delgatti, Valdemar Costa Neto decidiu dobrar a aposta no bolsonarismo. Orientou a bancada do PL a não abandonar a deputada Carla Zambelli. 

A posição é inversa à de Jair Bolsonaro, que não quer saber da deputada, a quem responsabiliza por sua derrota eleitoral. O dono do PL, porém, teme que a cassação de Zambelli seja só o início do que ele chamou de “caça às bruxas”.

Seu temor, segundo interlocutores, é que seu partido e ele próprio sejam os próximos alvos das investigações da Polícia Federal, no inquérito que investiga ataques à democracia, e da CPI. Num cenário extremo, ele teme ficar impedido de acessar os fundos do partido.

Contra Zambelli há duas representações na Câmara pedindo a sua cassação. Ela é investigada pela Polícia Federal por seu envolvimento com Delgatti, que diz ter recebido dela 40 mil reais para invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Responde também a um processo no Supremo Tribunal Federal por ter perseguido, de arma em punho, um homem em São Paulo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em O Bastidor. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.