Lula garantiu a aliados que não fará nenhuma mudança em seu Ministério, além do Turismo, neste primeiro semestre. Um integrante do governo, porém, lembra que a partir de julho é segundo semestre e que o presidente terá de considerar o tamanho dos blocos na futura reforma ministerial.
No chamado blocão, que tem 174 deputados, há o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e o PDT, ideologicamente mais alinhado ao governo, mas também o PSDB/Cidadania, Patriota, Avante, Solidariedade e o PP.
Lula tem sido aconselhado a incluir o PP, um dos principais partidos do bloco, na futura reforma. Gente da articulação acha que a legenda, embora não feche inteira com o governo, está aberta a votar alinhada no que não for fortemente ideológico.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, quer o Ministério da Saúde, mas Lula resiste. Apesar das sugestões de Lira, diz um aliado, ele e os seus se contentarão com cargos no segundo escalão da pasta.
O presidente prometeu se dedicar melhor ao tema no seu retorno ao Brasil. Segundo seus auxiliares, Lula está aberto à ideia de que precisa remodelar o governo a partir dos agrupamentos realizados no Congresso após sua posse.