Agamenon: ​Caça aos broxas

lava-ratoA Operação Lava Rato está passando o Brasil a limpo! E a sujo também! Agora, com a felação premiada de Marcelo Odecheque, não vai sobrar prega sobre prega na política brasileira. Senadores, deputados, governadores e prefeitos de todos os partidos estão com os seus respectivos pavilhões reto-furiculares na mão. Todos sabem que serão devidamente dedurados, um a um, pelo dublê de X9 e empreiteiro baiano. Vai faltar cadeia pra tanta “otoridade” de rabo preso, quer dizer, solto.

O governo já está pensando em transformar Brasília em um enorme presídio de segurança máxima: o Distrito Correcional, a primeira capital de segurança máxima do mundo! O BNDES, inclusive, já abriu uma linha de crédito para financiar fábricas de tornozeleiras eletrônicas e assim dar um “tapa” na combalida atividade industrial brasileira, que anda mais caída que o meu bilau.

Deprimido com meu desempenho sexual e o meu desemprego crônico, não consegui até hoje que nenhum órgão da imprensa me contratasse nem para office boy, quer dizer, office velho. Sorte mesmo tem o ex-deputado Dedurado Cunha, que recebeu uma visita íntima da sua mulher Cláudia Cruz Credo. Cláudia levou de presente uma bola de ferro Chanel e uma tornozeleira eletrônica Dolce & Gabanna que pisca no escuro.

O ex-governador Sérgio Cabral também já está acomodado no SPA de Segurança Máxima de Bangu 8. Para seu azar, os agentes penitenciários desse estabelecimento correcional são funcionários públicos do estado e, portanto, estão com os salários atrasados. Por isso mesmo, começaram a vender rifas de “visita íntima” ao ex-governador para a população carcerária, que, apesar de não serem servidores, também vivem “no maior atraso”. Dessa maneira engenhosa, os funcionários de Bangu 8 garantem um “por fora” enquanto o Serginho leva um “por dentro”. Vocês sabem: com ou sem Natal, o que não falta em presídio é peru.

O ex-governador e também atual presidiário Anthony Garotinho, sabendo desse tradicional costume da nossa população carcerária, armou o maior barraco na porta do camburão. Tanto berrou e esperneou que foi levado para um hospital onde recebeu duas pontes de safena. Uma da Queiroz Galvão e a outra da OAS. As duas superfaturadas.

Mas guerreira mesmo é a Isaura, minha patroa, que, além de costurar para fora, resolveu abrir seu próprio negócio! Empreendadeira nata, Isaura, a minha patroa, está vendendo quentinhas na porta do meu Dodge Dart 73, enferrujado, que fica estacionado na Rua da Amargura, fundos. Todos os dias se forma uma enorme fila de marmanjos que saem no tapa para cair de boca nas coxinhas, rabada e lombo da Isaura, famosa por seus quitutes de duplo sentido. E sentado também!

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Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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