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Ivana Lima –  © Winia Lopes

Poema sem rosto.  Ivana Lima estreia mostra individual detendo o olhar na infância.

É inevitável não nos identificarmos! Ao nos depararmos com as gravuras da artista visual e fotógrafa Ivana Lima, voltamos no tempo, reconhecemo-nos jogando bola, subindo em árvore, brincando no jardim, encontramos também nossos filhos, amigos, irmãos, revisitamos casas e quintais da nossa infância, mergulhamos em lembranças latentes.

A infância é o tema central da exposição de gravuras digitais da série intitulada “POEMA SEM ROSTO” de Ivana Lima, que abre dia 02 de fevereiro e segue até 26 de março, no Museu Alfredo Andersen, em Curitiba.

As gravuras foram produzidas entre 2012 e 2015 a partir de fotografias pessoais da artista e de amigos dela, ilustram situações cotidianas, mas nenhum personagem pode ser identificado, pois não possuem rosto. E é a falta dele que permite o preenchimento, a identificação, a projeção da própria memória.

“Revelar momentos marcantes, este foi o critério que usei na hora de selecionar as imagens, todas tem uma história e são muito importantes na vida de quem cedeu seu uso, por isso elas são cheias de alma”, conta Ivana. A partir das fotos ela utiliza como meio, técnica e ferramenta o computador para suas criações. Mesmo recorrendo a softwares de edição de imagens, a artista trabalha com conceitos similares aos empregados na execução de uma pintura artesanal. Tal e qual, a possibilidade de manipular texturas, cores e formas é infinita. E essa multiplicidade toma conta de cada imagem criada por Ivana que recria momentos e nos dá a possibilidade de fazer parte dele. O uso de tal suporte, sem dúvida, é uma forte tendência dentro da arte contemporânea, está em plena expansão e permite um novo entendimento e expressão do mundo.

Poema Sem Rosto não só detêm o olhar na infância, mas levanta questões referentes à identidade. “As memórias de infância para mim também estão relacionadas ao sentimento de pertencimento. A infância nos traz a noção de que pertencemos a uma família, a um estado, a uma cultura, a uma nação. No meu entendimento compreender quem somos, e de qual contexto fazemos parte, possibilita que possamos construir uma identidade cultural que valorize os saberes, a inteligência e a sensibilidade”, declara Ivana.

Ao todo estarão expostas 25 obras distribuídas em três salas, além de outras instalações da artista como um “projetor de monóculos”. No dia da abertura, 02 de fevereiro, haverá também o lançamento do catálogo da exposição: uma caixa reunindo imagens das obras no formato de cartão postal com haicais de Darya Goerisch, especialmente compostos a partir das gravuras.

Serviço: O que: Exposição de gravuras “Poema sem Rosto” de Ivana Lima. Quando: De 02 de fevereiro a 26 de março de 2017. *Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 18h e aos sábados e domingos das 10 às 16h.

Entrada gratuita. **Abertura da exposição: 02 de fevereiro, às 18h. Onde: Museu Alfredo Andersen. Endereço: Rua Mateus Leme, 336 – São Francisco / Curitiba-PR. Informações: (41) 3222-8262 / 3323-5148

Ficha técnica: Coordenação Geral: Ivana Lima. Coordenação Gráfica: Adriana Alegria. Gravuras Digitais: Ivana Lima. Produção Executiva: Fabiana Ferreira. Textos: Darya Goerisch. Revisão: Jerussa Ramos. Montagem: Fernanda Stancik. Fotógrafa: Wynia Lopes

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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