Aldir Blanc – 1946|2020

Em 1966, ingressou na Faculdade de Medicina, especializando-se em Psiquiatria. Em 1973, abandonou a Medicina, passando a se dedicar exclusivamente à música.

Notabilizou-se como letrista a partir das parcerias com João Bosco, compondo músicas como Bala com Bala (sucesso na voz de Elis Regina), O Mestre-Sala dos Mares, De Frente Pro Crime (sucesso na voz de Simone) e Caça à Raposa.[1]

Uma das canções mais conhecidas, em parceria com João Bosco, é O Bêbado e a Equilibrista, lançada em 1979, que se tornou um hino contra a ditadura militar, também tendo sido gravada por Elis Regina.[1] Em um de seus versos, “sonha com a volta do irmão do Henfil”, faz-se referência ao cartunista Henrique de Sousa Filho, o qual na época tinha um irmão, o sociólogo Betinho, em exílio político no exterior.

Em 1968, compôs com Sílvio da Silva Júnior “A noite, a maré e o amor”, música classificada no “III Festival Internacional da Canção” (TV Globo).[1]

No ano seguinte, classificou mais três músicas no “II Festival Universitário da Música Popular Brasileira”: “De esquina em esquina” (com César Costa Filho), interpretada por Clara Nunes; “Nada sei de eterno” (com Sílvio da Silva Júnior), defendida por Taiguara; e “Mirante” (com César Costa Filho), interpretada por Maria Creuza.[1]

Em 1970, no “V Festival Internacional da Canção” classificou-se com a composição “Diva” (com César Costa Filho). Neste mesmo ano, despontou o primeiro grande sucesso, “Amigo é pra essas coisas” em parceria com Sílvio da Silva Júnior, interpretado pelo grupo MPB-4, com o qual participou do “III Festival Universitário de Música Popular Brasileira”.

A canção “Nação” (com João Bosco e Paulo Emílio) foi gravada em 1982 no disco de mesmo nome e foi um grande sucesso na voz de Clara Nunes.[1]

Blanc também é autor, com Cleberson Horsth, da canção A Viagem, sucesso gravado pela banda Roupa Nova e tema da novela com o mesmo nome, sucesso em 1994.

Em 1996 foi gravado o disco comemorativo Aldir Blanc – 50 Anos, com a participação de Betinho ao lado do MPB-4 em O Bêbado e a Equilibrista no disco comemorativo. Esse disco apresenta diversas outras participações especiais, como Edu Lobo, Paulinho da Viola, Danilo Caymmi e Nana Caymmi. O álbum demonstra, também, a variedade de parceiros nas composições de Aldir, ao unir suas letras às melodias de Guinga, Moacyr Luz, Cristóvão Bastos, Ivan Lins e outros.

Outro parceiro notável é o compositor Guinga, com quem fez, dentre muitas outras, “Catavento e Girassol”, “Nítido e Obscuro” e “Baião de Lacan”.

Também em 1996, Leila Pinheiro lançou o disco Catavento e Girassol, exclusivamente com canções da parceria de Aldir Blanc com Guinga. No disco há uma homenagem a Hermeto Pascoal, com a música Chá de Panela, que diz que “foi Hermeto Pascoal que, magistral, me deu o dom de entender que, do riso ao avião, em tudo há som”.

Em 2000, participou como convidado especial do disco do compositor Casquinha da Portela, interpretando a faixa “Tantos recados” (Casquinha e Candeia).

Publicou, em 2006 o livro “Rua dos Artistas e transversais” (Editora Agir), que reúne seus livros de crônicas “Rua dos Artistas e arredores” (1978) e “Porta de tinturaria” (1981), e ainda traz outras 14 crônicas escritas para a revista “Bundas” e para o “Jornal do Brasil”.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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