Alquimim, aipim

Lula desce, Bolsonaro sobe, a Terceira Via some. Na hora certa Bolsonaro manda distribuir viagra de graça. Lula abraça o mundo com as pernas, aliado a gente tão diferente, que não demora confunde Janja com Rosemari e Alckmin com aipim. A primeira e segunda vias logo atingem o perigoso empate técnico, a incógnita estatística dos dois a mais, dois a menos que dá no mesmo.

A Terceira Via está no caminho do vazio. Ciro Gomes, como o Rick de Casablanca, dirá à mulher compósita de Ingrid Bergman e Patrícia Pilar, “sempre teremos Paris” (*). Sérgio Moro, como ele mesmo, dirá à conja “sempre teremos Washington” – na falta de, Maringá também serve. O resto da Terceira Via permanece no desvio até o segundo turno, quando vende o passe a quem paga mais.

E o Brasil que para Tom Jobim, “é uma merda, mas é bom”, feito merda internacional na imagem e semelhança de Bolsonaro, será inundado por chorrilhos de fezes (mil perdões a PD, gênio e doçura de mulher, que ensina: “dos fluidos orgânicos só se menciona a lágrima”). Porque, “mi gente buena de Argentina”, diria Fernando Collor, outro merdiocrata, “en este quadro Bolsonaro se gana el gobierno”

(*) Na inteligente analogia da socióloga e cinéfila Thaís Kornin.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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