O cabresto bolsonarista

Aumenta o número de eleitores indecisos entre os beneficiários do Auxílio Brasil

A compra de votos sempre funcionou no Brasil. Do carro-pipa ao Bolsa Farelo, o eleitorado é tradicionalmente propenso a um cabresto vexatório.

Diz O Globo:

“A última pesquisa do Datafolha apontou que beneficiários do Auxílio Brasil estão mais indecisos em relação ao seu voto para presidente. Em caminho inverso ao do resto da população, o percentual dos que recebem o valor e que disseram estar totalmente decididos sobre seu voto caiu de 75% para 69% (…). Estrategistas da campanha de Bolsonaro esperam ver números em ascensão nas pesquisas a partir do primeiro pagamento”.

Isso não é estratégia, é suborno.

A primeira questão, como escreveu Mario Sabino, é se o voto vai ser vendido à vista ou parcelado. A segunda questão, igualmente decisiva, é se 600 reais são o bastante para apagar o rastro de morte deixado pelo bolsonarismo. Duvido muito, mas sou incapaz de interpretar os sentimentos dos meus compatriotas.

Diogo Mainardi

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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