Mario Sabino: entre Lula e a Lua

“Entre a Lua e Lula, temos Bolsonaro e todos esses candidatos que, sinceramente, são incapazes de nos proporcionar um lugar permanente no concerto das grandes nações”

Em artigo para a Crusoé, aberto para não assinantes, Mario Sabino comenta o primeiro debate do ano entre presidenciáveis, que ocorreu ontem na Band.

“Vamos começar pelo assunto do dia. Logo depois que Jair Bolsonaro atacou a jornalista Vera Magalhães, porque ela perguntou a Ciro Gomes ‘em que medida a desinformação difundida pelo presidente pode ter agravado a pandemia de Covid’, publiquei no Twitter: ‘Para quem precisa muito do voto feminino, Bolsonaro deu um tiro pé’. Eu não acredito que foi um episódio de pura misoginia, embora o presidente da República esteja na média superior dos brasileiros misóginos: a jornalista, que fez uma pergunta correta, não esconde a sua antipatia por Jair Bolsonaro e a recíproca é verdadeira.”

“Nas redes sociais, é permanente a troca de tiros entre Vera Magalhães e os bolsonaristas. Ela é considerada inimiga figadal, o que não dá direito a ninguém de ser grosseiro com a jornalista. Mas não importa o que acho ou deixo de achar nesse caso: o episódio está sendo tratado como misoginia. […] Diante do estrago, a campanha do presidente passa, neste momento, por uma reavaliação. Até cometer o ataque, Jair Bolsonaro estava na média da mediocridade geral dos presidenciáveis. Conseguiu emplacar o tema da corrupção nos governos do PT, puxando os outros candidatos a fazer o mesmo. Já Lula tentou fugir dessa raia e desapontou os seus partidários. Parecia tomado pela lassitude.”

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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