Após escândalo, governo teme que Milton Ribeiro saia “atirando”

Não é por acaso que haja tanta cautela no Palácio do Planalto com o escândalo envolvendo o ministro da Educação, Milton Ribeiro. O temor no governo é de que ele possa sair “atirando” se sentir abandonado.

Em reunião com prefeitos, Milton Ribeiro afirmou que repassa verbas para municípios indicados por dois pastores, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Depois, em nota, Ribeiro disse que Bolsonaro não pediu atendimento preferencial e negou favorecimento a pastores.

A percepção da ala política do governo, na manhã desta quarta-feira (23), é que Milton Ribeiro não conseguiu estancar a sangria da crise. Mas, pelo menos, cumpriu o roteiro de blindar o presidente Jair Bolsonaro.

O silêncio dos aliados do governo no Congresso Nacional e do próprio Palácio do Planalto é um indicativo da gravidade da situação envolvendo o ministro da Educação.

No Congresso, a expectativa da base aliada era que Ribeiro desse uma entrevista coletiva à imprensa contundente respondendo os fatos, o que não aconteceu. Nas palavras de um dos líderes do Centrão, o ministro não podia negar o ocorrido porque o áudio existe. Mas fez um gesto para salvar Bolsonaro.

“Em qualquer outra situação, o ministro já teria sido forçado a pedir demissão imediatamente. Mas não está claro qual será a reação dele (Milton Ribeiro) se perceber que foi abandonado. Se ele confirmar que cumpria ordens do presidente (como está no aúdio), o estrago será grande”, reforçou ao Blog outro líder do Centrão preocupado com a situação.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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