As ameaças são uma constante na Operação Quadro Negro

Ruth Bolognese – ContraPonto

O principal delator da Operação Quadro Negro, Eduardo Lopes de Souza, saiu de Curitiba há quase 2 anos, por medo das ameaças que vinha recebendo. Dono da Valor Construtora, em torno da qual ocorreu o desvio de mais de R$ 20 milhões das escolas públicas do Paraná, ele contou ao Ministério Publico Federal como ocorria e para quem era distribuído o dinheiro. A suspeita é que os recursos desviados abasteceram a campanha eleitoral para a reeleição do ex-governador Beto Richa.

Toda a assessoria direta do ex-governador Beto Richa foi citada, assim como dirigentes da Assembleia Legislativa, do atual presidente, Ademar Traiano, do primeiro secretário, Plauto Miró e do ex-presidente Valdir Rossoni.

Hoje pouca gente sabe o paradeiro de Eduardo Lopes de Souza e no ano passado ele morou por vários meses em Cuiabá, no Mato Grosso. Seu endereço era conhecido apenas por familiares e advogados. Lopes de Souza saiu de Curitiba porque tinha medo de ser morto e mesmo em Cuiabá se dizia perseguido.

Agora outro personagem importante da Quadro Negro, Maurício Fanini, ex-diretor da secretaria de Educação e operacionalizador de todo o esquema, foi transferido para Brasília, por decisão do Ministério Público. O motivo é a ocorrência de novas ameaças, com gravidade.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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