Líricos na décima sexta edição de “Às vezes, aos domingos”

A décima sexta edição de “Às vezes, aos domingos” tem como convidados Andrey Luna Giron e Roberto Prado. O evento acontece em 22 de agosto, a partir das 17 horas, no Instagram @robertoprado1985. Os dois poetas curitibanos vão se entrevistar e ler textos autorais.

Andrey Luna Giron, de 50 anos, diz escrever poemas a partir e sobre as suas impressões da vida e experiências, também relacionadas ao contato com as artes. “Tenho múltiplas influências, da filosofia à música, da pintura à literatura”, afirma Giron, autor dos livros Cósmicas (2009) e Claritas (2017).

Roberto Prado, de 61 anos, comenta que a sua poesia tem ligação com a sonoridade. “Ela [poesia] nasce de uma espécie de batuque mental. Talvez por isso, sem que eu tenha planejado, algumas dezenas entre os meus poemas viraram letras de música”, conta o autor dos livros Sim Senhor Às Suas Ordens Isto É um Motim (1994) e Amplo Espectro (2019).

Todo início é involuntário

Durante a décima sexta edição de “Às vezes, aos domingos”, os poetas devem falar sobre o início na escrita. “Lá em casa se lia muita poesia em voz alta. Então é mais correto dizer que eu falava poemas. Depois comecei a escrever, mais ou menos com 7 anos”, diz Roberto Prado.

A consciência da escrita poética, Prado ressalta, se deu quando ele tinha 12 anos, idade em que passou a frequentar uma escola de arte no Colégio Estadual do Paraná. “No espaço tinha professores de todas as artes e materiais para aprender e praticar. Tive um mestre precioso na minha trajetória, o Edison José da Costa, que também era professor da UFPR”, conta.

Andrey Luna Giron afirma que escreve poemas desde os 15 anos. Os primeiros textos poéticos dele surgiram durante viagens realizadas entre Curitiba e Jacarezinho, no Norte do Paraná – distante 384 Km da capital.

“Ia todo ano para lá, na casa de parentes, nas férias. Era (e ainda é) uma cidade pequena, com praças, casas, pessoas, o entorno de montanhas e rios, seus campos. Aquilo despertou um desejo de traduzir as sensações em palavras”, lembra Giron, acrescentando que a temática de seus poemas se transformou ao longo dos anos.

Quatrocentos poemas

Andrey Luna Giron contabiliza 400 poemas, dos quais selecionou conteúdo para 3 livros que pretende publicar em 2022 e 2023. “Tenho produzido muito durante a pandemia”, conta.

Roberto Prado também diz ter, ao todo, aproximadamente 400 poemas. “Tenho bastante material estocado, mas sem previsão de quando irei publicá-los em livro”, explica o poeta que vem divulgando alguns desses inéditos no blog do jornalista Zé Beto (Blog do Zé Beto). “Faz parte da série chamada Robertos, em parceria com as fotos do Zé Beto”, acrescenta.

Palco virtual

A primeira edição de “Às vezes, aos domingos” aconteceu em julho de 2020 e, desde então, mais de 20 autoras e autores paranaenses, de todas as regiões do Estado, já participaram do projeto idealizado pelos escritores curitibanos Guido Viaro e Marcio Renato dos Santos.

A proposta tem apoio de Soma de Ideias, Coalhada Artesanal Preciosa e Tulipas Negras.

Mais informações em tulipasnegraseditora.blogspot.com

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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