Dirigido por cineasta neozelandesa ‘ Ataque dos cães ‘ põe o oeste pelo avesso

Ataque dos cães, de Jane Campion, que está estreando na Netflix, é um ponto alto no processo de releituras poéticas e políticas que o gênero western vem recebendo nos últimos anos. O fato de ser dirigido por uma mulher, ainda por cima neozelandesa, corrobora a ideia de que é a partir das bordas que essa mitologia fundadora da cultura mainstream norte-americana vem sendo questionada mais agudamente.

Igualmente significativa é a emergência de um filme como Vingança & castigo, também disponível na Netflix. Seu diretor, o cantor, compositor e produtor musical negro inglês Jeymes Samuel, é mais conhecido pelo pseudônimo The Bullitts. Vingança & castigo, seu segundo longa-metragem, é um faroeste com elenco quase exclusivamente negro. O velho oeste, como se vê, não é mais feudo de homens brancos cis, para usar a linguagem corrente.

Mas vamos aos filmes. Inspirado em romance de Thomas Savage, Ataque dos cães ganhou uma porção de prêmios mundo afora, incluindo o de melhor direção em Veneza. É, de fato, um belo filme. Narra, em linhas gerais, o drama de uma viúva, Rose Gordon (Kirsten Dunst), que se casa com o criador de gado George Burbank (Jesse Plemons) e vai morar com ele em sua fazenda, nos confins desérticos de Montana. O ano é 1925.

José Geraldo Couto

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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