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Carlos Castelo © Selfie de Simesmo

6 TIPOS DE MANIFESTANTES QUE VOCÊ JÁ VIU NA PAULISTA

O “IMBECIL NÃO TEM TÉDIO”: vai às manifestações para se divertir. Em vez de juntar-se aos que protestam faz piquenique, medita, exercita-se ou fica tirando selfies ao lado da Polícia Militar.

A MINA DA PASSEATA: garota que não vem obtendo êxito nas baladas junto ao público masculino e vem tentar a sorte com os militantes. Costuma vestir uma blusa verde-amarela e levar uma outra vermelha na bolsa para o caso de algum petralha esquerdista manifestar interesse em sua pessoa. A versão masculina – O Mino da Passeata – também existe igualmente em grandes quantidades e usa os mesmos métodos. E não é o Mino Carta.

O TERCEIRA IDADE: o último protesto em que esteve foi o do Forte de Copacabana. Mas a família golpista insiste que ele se apresente na passeata-monstro anti-governo e lá vai o vovô ou vovó acrescentar gás pimenta à sua lista de suas 37 drogas para o diabetes e a hipertensão.

O LADRÃO DE CELULAR: está ali na manifestação claramente para prejudicar as companhias de seguro. É contra Zurich, Marítima, Porto, Azul ou qualquer outra. O que deseja é que elas paguem o alto prêmio de quem segurou o Iphone 6S e, com isso, venham a falir. É uma espécie de anarquista que quer implodir o sistema começando pelas seguradoras.

O SEBASTIÃO SALGADO DE PASSEATA: faz pouco tempo, ele abriu uma conta nova no Instagram apenas para postar fotos de manifestações. Pode ser encontrado em qualquer uma que junte mais de 50 gatos pingados com grande facilidade: é aquele cara com uma Canon 5D, teleobjetiva, que está registrando tudo, menos a manifestação. Faz portrait do vendedor de dogão, clica placas de trânsito, tira macro de uma formiga passeando numa folha do gramado do Palácio do Planalto e por aí vai. Depois compartilha, junto com filminhos de sacanagem, no grupo dos seus colegas de firma no WhatsApp.

O BRISA: Avenida Paulista ou Copacabana para este tipo é apenas um cenário para ajudá-lo a melhor brisar. Não está interessado em apoiar ou ir contra nada. Quer é variar o seu deliriozinho de cada dia. E, cara, uma multidão serpenteando é muito louco. A versão Santo Daime de Protesto também vem aumentando bastante, o problema é que não são bem aceitos nas passeatas por vomitarem nos revoltosos. 27 |3|2016

República dos Bananas

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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