Beto, o som da city

BETO RICHA narra em longa e nada convincente explicação sua ida e desida ao PL; recebeu convite em gentil conversa com Jair Bolsonaro no dia do sonho que teve com o pai. Lembrou da lição inesquecível do velho José Richa, o adágio digno de um Francesco Guicciardini: “a inércia é inimiga da política”. Não vou criticar invencionice com violação do mandamento de não usar o nome do pai em vão; faço isso o tempo todo, com frases que o meu jamais disse ou diria. Mas meu pai é personagem de ficção, indene e inofensivo.

O AFILHADO de Ezequias ofende o pai ao tentar explicar a sofreguidão e o desassossego de deixar o ninho tucano para abrigar-se no covil do abutre. Assisti de camarote quando a campanha de Roberto Requião forjou documento para jogar sujeira na campanha do velho Richa. Qual não foi minha surpresa quando vi o governador Beto Richa como aliado preferencial do master mind do fake contra o pai. Beto devia respeitar a memória do pai, um dos líderes da redemocratização, ao defender o fiasco de sua aliança com Jair Bolsonaro.

SE a política é a arte do possível, Beto faz o impossível para torná-la a arte da sobrevivência a qualquer custo. Não leu Luís Fernando Veríssimo quando este disse legitimar, como seus artigos, alheios e apócrifos desde que falem mal de Jair Bolsonaro.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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