Resistências à anistia

Conversas sobre uma anistia a Jair Bolsonaro começarão em abril

Não é um assunto tratado publicamente ainda, mas uma possível anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro já é levantada nos bastidores por parlamentares do PL, que querem aproveitar o comando da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Deputados bolsonaristas fizeram consultas informais a colegas do Centrão no colegiado em sobre a possibilidade de avaliar a anistia de condenados pelo 8 de janeiro, com a inclusão do ex-presidente na lista de beneficiados. O roteiro foi sugerido, também informalmente, pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que alertou sobre a resistência que o tema encontraria.

As imagens do ex-presidente na embaixada da Hungria e a discussão sobre a prisão do deputado Chiquinho Brazão adiaram as tratativas para abril. Não há clima, por ora, para pautar algo nesse sentido, segundo parlamentares do Centrão e ligados a Lira.

A tática da bancada do PL é usar o argumento da perseguição judicial a Bolsonaro diante da possibilidade de prisão dele e de aliados – algo parecido com o que petistas fizeram com o presidente Lula na época da operação Lava Jato.

As sinalizações de Lira à bancada do PL é que não é o momento de travar este debate como o objetivo principal da oposição a Lula. Por um lado, o deputado teme a contaminação da eleição para presidente da casa, em fevereiro de 2025; por outro, diz que o assunto só deve ser pautado quando alguma ação contra o ex-presidente for de fato tomada pelo Supremo Tribunal Federal.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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