Comedores de gente

O presidente Bolsonaro classificou de “asquerosas” as palavras do deputado Arthur do Val (Mamãe Falei) sobre as mulheres ucranianas. Um milagre de regeneração de ambos: o deputado vai passar a vida pedindo desculpas; Bolsonaro reescreve sua história. Se você acredita na sinceridade de um e outro, vote nos dois; terá eleito candidatos à sua imagem e semelhança. Esqueçamos por ora o deputado, que terá que enfrentar a barragem feminina e política pela sua cassação (que dificilmente acontecerá).

E Bolsonaro? Virou feminista e antimachista depois que no terceiro casamento nasceu-lhe uma filha? Sei não, temos que examinar o conjunto da obra. Quando a filha nasceu ele declarou que preferia mais um zerinho qualquer coisa. Antes, disse “não te estupro porque você não merece” para a petista Maria do Rosário, deputada gaúcha. Quando se discutia o auxílio-moradia para deputados ele contou que nunca pagou aluguel porque tinha casa própria em Brasília; mas usava o auxílio para “comer gente”.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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