A notícia de que uma envolvida com o crime organizado esteve no Ministério da Justiça não tira de Flávio Dino a condição de indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal. É o que disse ao Bastidor um aliado do ministro.
A avaliação se difere da de um deputado do PT que, à reportagem, afirmou que a repercussão do caso e a exploração pelos bolsonaristas atrapalham os planos de Dino.
No PT, como mostrou o Bastidor em outubro, houve quem defendeu que Lula adiasse a escolha para o STF. A justificativa é que o ministro está envolvido em uma crise na segurança pública e que uma eventual indicação – e a consequente mudança no ministério – poderiam prejudicar os projetos da pasta.
O objetivo, claro, era outro: deixar Dino exposto para tirar o seu favoritismo da corrida pela cadeira.
Em sua defesa, Dino disse que não participou do encontro do Ministério da Justiça. Quem a recebeu foi Elias Vaz, secretário de Assuntos Legislativos. Até agora, nenhum petista influente se posicionou favoravelmente a Dino.
Logo pela manhã, com a divulgação do episódio, Vaz foi alvo de uma bronca de Dino. O controle de acesso ao prédio do ministério deve sofrer alterações.
A oposição começou a protocolar pedidos de convocação para que Dino se explique no Congresso, além de defender o impeachment do ministro.
Recorrentemente, os bolsonaristas tentam ligar o ministro ao crime organizado.