Cálculo do impacto

A notícia de que uma envolvida com o crime organizado esteve no Ministério da Justiça não tira de Flávio Dino a condição de indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal. É o que disse ao Bastidor um aliado do ministro.

A avaliação se difere da de um deputado do PT que, à reportagem, afirmou que a repercussão do caso e a exploração pelos bolsonaristas atrapalham os planos de Dino.

No PT, como mostrou o Bastidor em outubro, houve quem defendeu que Lula adiasse a escolha para o STF. A justificativa é que o ministro está envolvido em uma crise na segurança pública e que uma eventual indicação – e a consequente mudança no ministério – poderiam prejudicar os projetos da pasta.

O objetivo, claro, era outro: deixar Dino exposto para tirar o seu favoritismo da corrida pela cadeira.

Em sua defesa, Dino disse que não participou do encontro do Ministério da Justiça. Quem a recebeu foi Elias Vaz, secretário de Assuntos Legislativos. Até agora, nenhum petista influente se posicionou favoravelmente a Dino.

Logo pela manhã, com a divulgação do episódio, Vaz foi alvo de uma bronca de Dino. O controle de acesso ao prédio do ministério deve sofrer alterações.

A oposição começou a protocolar pedidos de convocação para que Dino se explique no Congresso, além de defender o impeachment do ministro.

Recorrentemente, os bolsonaristas tentam ligar o ministro ao crime organizado.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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