Caterva, peterva, zererva

NA POSSE do procurador geral da República, Lula regurgitou o desgosto: que a instituição não deve se deixar pautar pela imprensa, a escrita e a televisão. Traduzido em língua petista quer dizer que a Lava Jato não passou de perseguição, na qual a PGR foi manipulada pela imprensa. Mais: que Lula, Dilma, caterva et peterva, limpos e puros como cordeiros saídos da sauna úmida, acabaram emporcalhados pela imprensa. O velho discurso de se fazer de santo acusando o outro de pecador.

Para ser coerente e digno, Lula deveria – mas não fará – repetir o discurso na posse de Flávio Dino como ministro do STF. Sim, por mais que a PGR caísse na safadeza da imprensa, foi o Judiciário que mandou Lula para a cadeia. Culpar Sérgio Moro? Só de oportunismo pela velha definição da sorte: estar no lugar certo e no momento certo para aproveitar uma oportunidade. Além disso, atrás de Moro/Dallagnol vieram dois tribunais, o federal 4 e o STF das onze ilhas soberanas.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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