Chavismo afirma que não haverá substituição de candidatos na Venezuela

Diosdado Cabello (foto), homem forte do chavismo na Venezuela e apresentador do programa Batendo com um pau (Con el Mazo Dando, em espanhol), afirmou na televisão nesta quarta, 27, que os candidatos que se inscreveram para as eleições de 28 de julho só poderão ser substituídos por aqueles que já foram aceitos pelo Conselho Nacional Eleitoral, o CNE.

Dessa forma, Cabello frustra as esperanças da oposição, que pretendia substituir o candidato Edmundo González Urrutia por Corina Yoris, a indicada por María Corina Machado.

Urrutia, um diplomata, conseguiu se inscrever pela plataforma digital do CNE horas após o prazo final de inscrição de candidaturas. Ele era visto como um “candidato provisório”, que seria substituído até o dia 1º de abril.

Tem gente que não consegue se inscrever porque a máquina diz: ‘não vai’. Então, não consegue se inscrever. Isso é parte fundamental do processo“, disse Cabello. “Quem não se inscreveu não pode substituir um candidato. Para poder ser inscrito, seria preciso que o CNE abrisse outro processo de inscrição. Quem pode competir são aqueles que já estão inscritos. Apoiem Nicolás (Maduro) e vamos acabar com isso. Leiam as leis, esquálidos, perdão, opositores.”

Cabello, assim, está afirmando que Corina Yoris ou María Corina Machado não poderiam substituir Urrutia, porque elas não conseguiram se inscrever.

A declaração de Cabello mostra que a ditadura de Nicolás Maduro fará todo o possível para impedir que um candidato escolhido pela oposição e com boas chances de vencer o pleito possa concorrer no dia 28 de julho.

A primeira opção da coalizão de oposição era María Corina Machado, que venceu as eleições primárias com 90% dos votos. Depois que ela foi inabilitada e teve sete membros de sua campanha presos, María Corina indicou Corina Yoris, que também não conseguiu se inscrever.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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