Chico recebe segundo Prêmio Camões por frase: ‘O ex-presidente teve a rara fineza de não sujar o diploma do meu prêmio’

O cantor, compositor e romancista Chico Buarque finalmente foi receber o Prêmio Camões. Bolsonaro se recusou a assinar a documentação necessária e Chico teve que esperar por quatro anos.

Em seu discurso, fez uma de suas mais belas frases, capaz de concorrer com os versos de suas maiores canções: “O ex-presidente teve a rara fineza de não sujar o diploma do meu prêmio”.

Agora, a extrema-direita do WhatsApp acusa Chico de não ser o autor do próprio discurso. “Ele não escreveu nem as próprias músicas”, disse uma filha de militar de 72 anos que recebe pensão. “São todos plágios dos tweets poéticos do Carluxo, só não vê quem é comunista”.

Depois do prêmio, deputados bolsonaristas querem que Camões seja considerado persona non grata e nunca mais coloque os pés no Brasil.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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