O consumidor e os postos de combustíveis

A fiscalização em postos de combustíveis quase sempre rende autos de infração, multas e fechamento de bombas. O Procon do Rio de Janeiro no mês de junho deste ano realizou fiscalização em apenas quatro postos nas zonas Norte, Oeste do Rio de Janeiro e em Niterói.

Todos os postos tinham irregularidades. As fraudes encontradas: gasolina sem procedência e o comprovante fiscal; problemas na manipulação no sistema de distribuição de gás (GNV), oferecendo riscos aos funcionários e consumidores; licenças vencidas e inscrição estadual irregular.

Na fiscalização carioca, os agentes identificaram ainda bomba baixa em um dos bicos da bomba de gasolina, que é quando o consumidor recebe menos combustível do que é informado na bomba de abastecimento, algo relativamente comum no Brasil.

Ou seja, o consumidor paga por uma quantidade de litros, mas recebe menos.

Em Jacarepaguá – RJ fiscais interditaram quatro bicos de combustíveis de um posto, três deles por ter sido constatado bomba baixa e outro por apresentar vazamento.

Em maio deste ano, o Procon de Campo Grande – MS, fiscais autuaram estabelecimento que não possuía visibilidade da tela do abastecimento, o alerta daquele órgão, se estende ainda para que os condutores verifiquem se os valores estão zerados na hora de abastecer, bem como, conferir se o valor cobrado é o mesmo registrado no painel.

Vale ainda, exigir que, no ato do abastecimento o frentista esteja acionando o “gatilho” para evitar que seja “injetado” apenas ar no tanque de combustível do veículo.

Aqui no Paraná a legislação proíbe encher o tanque até a boca, cessando o abastecimento quando se dá o automático da bomba.

Algumas dicas do Instituto Combustível Legal na hora de abastecer:

Abasteça sempre em postos de confiança. Saia do carro para acompanhar o abastecimento e informe ao frentista, claramente, qual combustível deseja abastecer e a quantidade. Preste atenção se o bico na boca do tanque corresponde ao combustível solicitado. Se você estiver de moto, é obrigatório o desembarque do veículo.

Confira se o preço indicado na bomba de abastecimento é o mesmo anunciado em placas na entrada do posto. Assim que descer do veículo, verifique se a bomba teve os seus valores zerados no visor.

Se abastecer com etanol, preste atenção ao densímetro acoplado à bomba, um aparato que fica flutuando dentro de uma ampulheta. Preste atenção se durante o abastecimento o equipamento se mexe, sinal de que o combustível está passando por ele. Se a coluna vermelha do densímetro estiver acima do nível do líquido, o etanol tem problemas. Caso desconfie, denuncie o posto.

Exija a nota fiscal, pois, caso tenha problemas com o combustível, este é o documento que comprova a sua relação de consumo com o posto.

Prefira abastecer de manhã, sem a dilatação por causa do calor, entrará mais combustível no tanque. Em tempo: as fraudes em tributos relacionadas com combustíveis no Brasil geram um prejuízo em torno de 14 bilhões por ano.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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