Os golpes com uso do PIX

O consumidor é chamado para uma promoção relâmpago e tem que depositar no PIX da “empresa” para garantir o preço anunciado. Passado algum tempo, após o pagamento, ele cai na realidade. O produto ou serviço não foi e nem será entregue e o vendedor não mais responde as mensagens.

As ofertas com preços abaixo do mercado e as oportunidades imperdíveis podem também construir uma falsa reputação nas redes sociais, comprando seguidores e curtidas e fabricando comentários elogiosos à empresa. Isso induz os consumidores a pagarem antecipadamente com o pix, por algo que jamais receberão.

Como se prevenir? Não confie em telemarketing que pede dados ou faz você digitar senhas e tudo mais, os estelionatários se especializaram nesse tipo de central de atendimento fajuta. Pague somente com cartão de crédito, do qual a compra pode ser cancelada ou somente na entrega do produto.

Há sites confiáveis? Acontece que há plataformas clonadas e assim o consumidor é induzido ao golpe. E as referências de outras pessoas? Isso pode funcionar como um elemento de segurança, e mesmo assim os cuidados devem ser redobrados.

É sempre recomendável a verificação da empresa que o consumidor está contratando no site reclame aqui, que é especializado na reputação de empresas. Outra coisa, você acaba comprando com o cartão de crédito, e o site pode capturar seus dados, procure plataformas consagradas.

O consumidor deve acionar o serviço de aviso de débitos junto à operadora do cartão para receber toda movimentação que realiza. Pode optar em reduzir o seu limite de crédito, e utilizar também o cartão virtual, que tem validade limitada.

A segurança digital está cada vez mais sensível e convém discutir a responsabilidade solidária das instituições financeiras, operadoras de cartões e bancos quanto às medidas de prevenção e reparação de golpes digitais.

Nestes casos, colocar a culpa somente nos consumidores não faz parte da boa-fé contratual que é obrigatória nas relações negociais.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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