Um pequeno movimento, muito sutil por enquanto, foi feito pela assessoria do governador eleito Ratinho Jr, ao lançar a ideia de que as contas públicas do Paraná não estão lá com essa bola toda. A governadora Cida Borghetti anda dizendo que vai deixar R$ 5 bi em caixa e o próprio coordenador do Plano de Governo, Reinhold Stephanes, chefe da transição, afirmou que o Paraná tem as contas equilibradas.
O movimento sutil de negar o que foi dito, tem endereço certo, CPF e RG e no jargão da publicidade é chamado de “vacina”. No caso, mudar a janela cor-de-rosa-aberta-para-o-mundo em termos de finanças estaduais para evitar professores e servidores públicos na porta do Palácio Iguaçu e cobrando a reposição salarial que lhes foi tirado pelo ajuste fiscal estonteante feito nos anos Beto Richa.
E, depois, mas não menos importante, o governador que entra precisa de discurso efetivo, de anunciar obras e mais obras, e manter a esperança. E, se depois de meses, nada for feito, o governador precisa de outro discurso efetivo, o da herança maldita do caixa vazio.
Diante do cenário pantanoso, vacinar é preciso.