Ratinho Jr e a vacina oportuna

Um pequeno movimento, muito sutil por enquanto, foi feito pela assessoria do governador eleito Ratinho Jr, ao lançar a ideia de que as contas públicas do Paraná não estão lá com essa bola toda. A governadora Cida Borghetti anda dizendo que vai deixar R$ 5 bi em caixa e o próprio coordenador do Plano de Governo, Reinhold Stephanes, chefe da transição, afirmou que o Paraná tem as contas equilibradas.

O movimento sutil de negar o que foi dito, tem endereço certo, CPF e RG e no jargão da publicidade é chamado de “vacina”. No caso, mudar a janela cor-de-rosa-aberta-para-o-mundo em termos de finanças estaduais para evitar professores e servidores públicos na porta do Palácio Iguaçu e cobrando a reposição salarial que lhes foi tirado pelo ajuste fiscal estonteante feito nos anos Beto Richa.

E, depois, mas não menos importante, o governador que entra precisa de discurso efetivo, de anunciar obras e mais obras, e manter a esperança. E, se depois de meses, nada for feito, o governador precisa de outro discurso efetivo, o da herança maldita do caixa vazio.

Diante do cenário pantanoso, vacinar é preciso.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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