CPMI da Abin: “A República estaria sendo utilizada para fins pessoais”

Parlamentares começaram, na noite de ontem, a colher assinaturas para protocolar uma CPMI da Abin. O Antagonista teve acesso ao requerimento que propõe a criação da comissão. Diz a ementa:

“Requer a criação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, com a finalidade de investigar a utilização de servidores e estruturas públicas do Governo Federal, em especial no âmbito da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), na confecção de documentos voltados à defesa do Senador Flávio Bolsonaro nos procedimentos decorrentes da Operação Furna da Onça (‘esquema das rachadinhas’).”

Na justificativa do pedido — de autoria dos deputados Tiago Mitraud, Adriana Ventura, Paulo Ganime e Vinicius Poit, todos do Novo, e do senador Alessandro Vieira (Cidadania) –, os parlamentares dizem que “princípios constitucionais basilares como o da legalidade, da impessoalidade e da moralidade estariam sendo rasgados” se se confirmarem fatos denunciados até aqui.

“Afinal, a República estaria sendo utilizada para fins pessoais, por alguns de seus mais altos mandatários.”

A CPMI, ainda segundo a justificativa do requerimento, poderá servir para, por exemplo:

1) identificar quais reuniões foram feitas por servidores públicos com as defensoras de Flávio Bolsonaro e quais medidas foram adotadas para auxiliar na sua defesa;

2) identificar quais bancos de dados foram acessados e devassados com essa finalidade ilegal e inconstitucional e quais relatórios foram produzidos.

O texto ainda afirma o seguinte: “É preciso tirar a limpo o uso dos bens e servidores públicos para as finalidades privadas. É preciso ter certeza de que os servidores não foram exonerados por perseguição política, sem devida motivação técnica.”

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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