O convite de Lula para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o acompanhem a Nova York tem o objetivo de garantir o prestígio reclamado, especialmente por Lira, das nomeações privadas dos ministros André Fufuca (Esporte) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).
O argumento oficial é que o Brasil precisa demonstrar a seus pares a união dos poderes da República em defesa das pautas de respeito ao meio ambiente e mudança climática, aos direitos humanos e à democracia durante a Assembleia-Geral da ONU e nos encontros bilaterais organizados pelo Itamaraty. Mas não é só.
Lula quer recuperar o mal-estar criado com a cerimônia escondida de posse dos ministros do centrão e, ao convidá-los, especialmente o presidente da Câmara, espera melhorar o clima.
Lira, dizem seus aliados, não é apegado aos convites do presidente para viagens internacionais. Lembram que ele recusou o convite para ir à China no primeiro semestre. Por enquanto, porém, diz um interlocutor, não há por parte de Arthur Lira disposição para alimentar um atrito com Lula.