Desconhecido que diz ser ministro da Educação age como o da Saúde

Um homem que se apresentou como ministro da Educação (difícil determinar se isso é verdade, uma vez que o cargo parece vago nos últimos tempos) fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, na noite de terça (20), comportando-se como se fosse o ministro da Saúde. Conclamou estudantes, professores e funcionários de volta às aulas presenciais.

Ressalte-se que as aulas presenciais já voltaram ou devem voltar, em breve, à maioria das escolas do ensino básico, mesmo com a falta de apoio para os trabalhadores das escolas públicas, a estrutura limitada para distanciamento social e o avanço da imprevisível variante delta. Então, qual a razão do pronunciamento do desconhecido?

Antes de mais nada, vale deixar claro que escolas deveriam ser as últimas a fechar e as primeiras a reabrir durante uma pandemia. Se tivéssemos um governo decente guiado pela ciência, teríamos uma coordenação nacional no enfrentamento à covid-19, com parâmetros para o funcionamento da educação e proteção da comunidade escolar. Se tivéssemos um governo decente, o Brasil teria passado por lockdowns rigorosos e curtos, alternados com períodos de abertura e de retorno às aulas. Se tivéssemos governo, teríamos vacina em dezembro, com profissionais de educação sendo imunizados logo no começo junto aos da saúde

Leonardo Sakamoto

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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