Diário da crise CCLXVI

A Anvisa determinou as regras para a aprovação emergencial da vacina no Brasil. É um avanço para quem contava com os 60 dias anunciados por Pazuello. Nenhuma marca de vacina se inscreveu para obter a licença emergencial. De todas, talvez a mais próxima é a Coronavac que já existe concretamnte para ser aplicada.

As outras nem chegaram no Brasil, embora a da Oxford possa ser fabricada pela Fundação Oswaldo Cruz no início do ano. A Coronavac ainda precisa informar seu nível de segurança e eficácia. Isto não é um grande problema pois o nível de eficácia mínimo aceito é de 50 por cento. Provavelmente será maior.

O governo começou com um discurso e foi cedendo aos poucos. Sentiu a pressão. Bolsonaro continua no ar. Disse que a pandemia estava no finalzinho, quando na verdade ela está de novo no auge, com os hospitais superlotados e todos com medo de adoecer e não ter como se tratar.

Pesquisadores e também deputados lançaram documentos hoje mencionando as causas dos incêndios no pantanal. Em ambos, três pontos se destacam: o climático, seca prolongada, a atividade dos fazendeiros e o descaso do governo.

Apesar de alguns aparentes avanços, Pazuello está se complicando mais e mostrando que não tem plano. Ao insinuar que poderia usar a vacina da Pfizer esqueceu de combinar com a empresa. Como resolver algo tão rapidamente, depois de tanto atraso?

Os deputados acham que a causa climática não é tão importante como o descaso do governo, um tema já internacional que mobiliza empresas, fundos de pensão e até governos.

O jogador Robinho foi condenado a nove anos de prisão, na Itália, por estupro coletivo. Não será preso se continuar no Brasil pois o país não extradita nem aceita o cumprimento da pena italiana em nosso território. O Santos que pensava em contratá-lo deve ter percebido agora que a campanha negativa que tanto criticou acabou livrando o clube de uma fria.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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