Dino, o coringa do STF

Flávio Dino chegará ao Supremo Tribunal Federal em 2024 com a missão de distensionar a relação da corte com os senadores. O que se falou na cerimônia de posse de Paulo Gonet na chefia da Procuradoria-Geral da República é que a vantagem do futuro ministro será que, entre os seus futuros pares, será visto como juiz que já pertenceu à casa (ele auxiliou Nelson Jobim); e, no Senado, como um ex-senador.

A condição, disse um interlocutor de Dino, é única e será aproveitada pelo presidente do STF, o ministro Luís Roberto Barroso. É possível que ano que vem haja tensionamentos, com a análise dos vetos do governo derrubados pelo Congresso.

O que tem maior potencial de causar atrito entre o STF e o Senado é o marco temporal. O futuro ministro tentará articular de modo que os senadores não vejam a eventual declaração de inconstitucionalidade como um avanço do Supremo sobre as prerrogativas do Congresso.

O marco temporal estabelece a promulgação da Constituição como ponto principal de análise ao se considerar determinado território como terra indígena.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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