Ficou banguela depois que comeu um alimento? E agora?

O consumidor quebrou o dente e ficou banguela após comer um pacote de pipocas.

Havia uma porca de metal dentro do pacote e o consumidor mastigou-o, dessa forma, quebrou os dentes. Ele precisou ser submetido a tratamento dentário e como trabalhava de marinheiro e lidava diretamente com as pessoas, sentiu-se bastante envergonhado em decorrência desse dano.

Entrou em contato com a empresa e não obteve sucesso em sua indenização. Resultado: teve que ajuizar uma ação na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina.

O autor da ação filmou o fotografou o produto e o metal que lhe causou a quebra do dente.

A empresa alegou que o vídeo não tinha nenhuma relação com o dano e o produto e que as fotos não demonstravam que o objeto de metal estava dentro do pacote de pipocas.

Cabia ao fabricante o ônus da prova, sem possibilidade de se esquivar desta responsabilidade ou apenas demonstrar que seguia normas técnicas e legais.

A sentença condenou a empresa em R$1.790,00 pelos gastos do autor para a reparação dos dentes e o dano moral foi fixado em R$ 5 mil reais.

Também em Florianópolis, um consumidor mastigou uma pedra, encontrada na comida, servida num bufê e recebeu a indenização total de R$ 12 mil reais, sendo o dano material de R$ 8 mil reais e R$ 4 mil reais de danos morais.

Nesse caso o serviço falho prestado gerou ao cliente consequências como uma cirurgia dental complexa, instalação de coroa provisória com hastes e, após seis meses, montagem de coroa provisória sobre implante, manipulação gengival e montagem da coroa definitiva de porcelana sobre o implante.

No Distrito Federal, houve um caso parecido no qual a empresa foi condenada a pagar indenização por danos morais e materiais a um consumidor que teve o dente quebrado após comer uma linguiça. O consumidor recebeu R$ 1.965,00 a título de reparação dos danos materiais, e R$ 4 mil por danos morais.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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