Pontes de ouro

Em dois meses e meio nos EUA, Jair Bolsonaro já custou R$ 950 mil de despesas para o Tesouro. Na conta não entra o que recebe direta e indiretamente como ex-presidente. Os R$ 950 são para manter seu aparato de segurança nos EUA. Ainda não apareceu o abelhudo para dizer que é ilegal, pois ex-presidente não é exilado compulsório para receber subvenção do governo. O que o Brasil tem que lhe pagar é aquilo que recebe como ex-presidente em moeda nacional no território nacional. Quer viver fora, pague a diferença.

O TCU, a PGR, a AGU e a CGU não mexem com isso, pois é preferível Bolsonaro lá fora visitando supermercados e reforçando o colesterol no KFC, que aqui no Brasil enchendo o saco, atormentando Lula e engolindo camarão cru. Mas já deu na vista. Parece a coisa mafiosa de taxa de proteção, em que o governo paga para não ser assaltado. O governo Lula aplica a lição de Maquiavel, “a nemico que fugge, ponti d’oro” – ao inimigo em fuga, pontes de ouro.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Rogério Distéfano - O Insulto Diário. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.