Onde cair morto

“Ele não tem onde cair morto” – o senador Flávio Bolsonaro, primogênito, 01, da família genocida, defende o irmão Jair Renan, o 04, raspa de tacho, na investigação policial pelo esquema de estelionato com empresas de fachada e laranjas fictícios.

Flávio é de longe o único da família com alguma aptidão ao raciocínio abstrato, com sobra depois de somados os QIs de pais e irmãos. Portanto o argumento de 01 tem que ser levado no rigor epistemológico e cartesiano. Se 04 não pode ser investigado porque não tem “onde cair morto”, todos os traficantes e assaltantes do Rio são inocentes; Flávio tem autoridade para dizer isso, pois é senador eleito pelo Estado, no qual foi deputado com vários mandatos. Então, no rigor do silogismo, bandido, vigarista, ladrão, operador de rachadinhas, é aquele que tem “onde cair morto”. Há coincidências que afetam a premissa de Flávio 01 e viciam de morte a conclusão. Seguem exemplos.

Todos os Bolsonaros têm onde cair mortos: com joias caríssimas, mansões em Brasília, como o senador (a mansão coincidentemente foi comprada pelo mesmo valor das joias sauditas, R$ 16 milhões). Até o carente, inocente e hipossuficiente Jair Renan comprou mansão em Brasília, em seguida à compra de Flávio e antes de sua mãe fugir para a Noruega (depois de fraudar a justiça eleitoral candidatando-se a deputada quando perdera a nacionalidade por naturalização). Então o silogismo de 01 é mais furado que as frases e a moral do pai e das duas últimas senhoras Bolsonaras. Uma coisa é insofismável: todos os Bolsonaros têm onde cair mortos. Incluído Jair Renan.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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