União sem fundo

A posse do ministro do Turismo, Celso Sabino (PA), não garante ao governo todos os votos das bancadas do União Brasil na Câmara e no Senado. O recado foi dado à articulação política por Elmar Nascimento, um dos líderes do partido.

Isso porque uma ala da legenda sofre influência do seu presidente, Luciano Bivar, que, como mostrou o Bastidor, tem sido preterido nas negociações com o governo Lula.

Bivar tem repetido que, após a confirmação de Sabino, ainda faltam “alinhamento” e “acomodação” de mais quadros para que o apoio das bancadas ao governo aumente.

Além dos três ministérios – Turismo, Comunicações e Desenvolvimento Regional -, o partido reivindica a Embratur, os Correios e a Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

O União Brasil entrará na mira do governo neste segundo semestre: se o apoio do partido se mantiver no patamar de antes do recesso, os dirigentes serão chamados para uma conversa com Lula.

Nas conversas para tentar convencer o governo, Elmar usa os números de votos do União na reforma tributária, na volta do voto de qualidade do Carf e no novo arcabouço fiscal. Mas ignora as votações da MP dos ministérios, no marco do saneamento e no projeto de lei que definiu um “marco temporal” para a demarcação de terras indígenas.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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