Em depoimento, Flávio Bolsonaro disse desconhecer vazamento de operação que mirou Queiroz

Aguirre Talento

Senador foi ouvido em investigação aberta pelo Ministério Público Federal sobre o caso

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) prestou depoimento nesta segunda-feira e afirmou desconhecer vazamento de informações da operação policial que detectou movimentação financeira atípica do seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

Flávio foi ouvido no gabinete dele no Senado pelo procurador Eduardo Benones, do Ministério Público Federal do Rio, que conduz a investigação sobre o suposto vazamento na Operação Furna da Onça. Estava acompanhado por sua advogada Luciana Pires, que assumiu a defesa do senador em todas as investigações da qual é alvo, após a saída do advogado Frederick Wassef.

EntendaA suspeita de vazamento na Polícia Federal relacionada a Flávio Bolsonaro e Queiroz

— Ele afirmou categoricamente que as informações da Operação Furna da Onça nunca chegaram ao conhecimento dele — disse a advogada, na saída do depoimento.

O procurador Eduardo Benones afirmou que Flávio foi ouvido na condição de testemunha, com o compromisso de dizer a verdade, e que agora a investigação vai focar em ouvir policiais federais que participaram da investigação e que possam ter conhecimento sobre o vazamento.

As suspeitas envolvendo o vazamento da investigação surgiram a partir de entrevista do empresário Paulo Marinho, ex-aliado do senador. Marinho afirmou que um policial federal avisou à equipe de Flávio que Queiroz estava na mira das investigações da Operação Furna da Onça.

Veja: Entenda o caso Queiroz em imagens

No depoimento desta segunda-feira, Flávio Bolsonaro confirmou ter participado de uma reunião com Paulo Marinho no dia 13 de dezembro, mas negou que o encontro fosse para discutir o vazamento da Furna da Onça.

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) obtido na operação detectou movimentações atípicas na conta de Queiroz e apontou suspeita de um esquema de devolução de salários dos funcionários do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, prática conhecida como “rachadinha”.

Paulo Marinho também contou que Flávio demitiu Queiroz no dia 15 de outubro de 2018 justamente após ter conhecimento de que o então assessor era alvo de investigações.

Queiroz já prestou depoimento neste caso e também disse desconhecer o vazamento. O ex-assessor afirmou que ele próprio pediu para sair do cargo que ocupava no gabinete de Flávio Bolsonaro, por estar “cansado” e para cuidar da saúde.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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