Esperança de dias melhores

Não posso deixar de saudar a eleição de Joe Biden para a Casa Branca. De repente, voltou a prevalecer a metade culta norte-americana, a faixa civilizada dos Estados Unidos da América. O país e o resto do mundo não sobreviveriam a mais quatro anos do psicopata, homofóbico, racista, misógino, egocêntrico, falso e mentiroso, muito mentiroso, Donald Trump, ídolo e mentor do não menos desiquilibrado Jair Messias Bolsonaro. O Império continuará sendo Império, mas – presume-se – bem menos grotesco, insolente e agressivo. É passado o tempo dos jecas de Brejo Seco e dos fãs do perverso e ignorante John Wayne, destemido exterminador de pele-vermelhas em nome de um futuro coberto de ódio e sangue.

Mocinhos” desse tipo, agora, só nas histórias-em-quadrinhos e no cinema. Joe Biden tem 77 anos de idade e um sonho de adolescente: reunificar a nação americana, esfacelada pela fúria, o despreparo e a truculência trumpiana. Oxalá consiga. Não tem o topete laranja, mas cérebro na cabeça. Se conseguir devolver aos pais as mais de quinhentas crianças estrangeiras que foram apartadas das famílias pela política perversa e cruel do antecessor, já terá feito um bom caminho inicial.

A dupla Biden-Harris tem tudo para dar certo. Tem história própria e um exemplo a seguir: Barack Obama, o melhor presidente que os EUA teve nos últimos 57 anos. Está na hora de Tio Sam parar de tremer de medo dos vizinhos e de assustar o mundo. Precisa parar de tentar tutelar o planeta e fazê-lo girar conforme a vontade de Washington.

O mundo, coberto por uma pandemia sanitária sem precedentes, precisa de paz, de unidade, de compreensão e de humanidade.

Que o pleito norte-americano sirva de exemplo para o eleitor brasileiro. Aqui, mais até do que lá, não há lugar para insana reincidência. Os bandidos devem ser levados para o xilindró, e os transloucados, mentecaptos e irresponsáveis recolhidos ao manicômio. Ah, sim: e os fardados aos quartéis.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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