ostras parábolas

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bomba & brigite bardot

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prosa & provérbios

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o vazio & o saco cheio

estas palavras não pedem as palavras estúpidas traiçoeiras canto gregoriano mudas adágios parábolas rock’n’roll fonemas signos cruzadas indiscretas vãs párias imundas promessas madonnas definitivas pitorescas obscenas inconvenientes caladas verbais escritas bolas de papel

catatau & o impostor no baile de máscaras

estas santas palavras pedem a palavra de hegel dos irmãos marx juan rulfo frank zappa ângela maria antonioni pablo neruda carlos estevão sadam husseim george bush capitão marvel penélope monteiro lobato bergson pelé mendigos punks padres arquitetos japoneses locutores paranistas aleijados jogadores de futebol mágicos amantes cozinheiros comunistas viados santos pitonisas cachorros jornalistas

pássaros & vice-versa

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grammatiké & gramatiquice

estas palavras são cópias das mesmas coisas de outras palavras de corbiére de manoel carlos karam e outras palavras de georges lerec e foram minhas últimas palavras não necessariamente nesta ordem

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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