Falso profeta

André Mendonça voltou ao Twitter para defender o fim da Lava Jato e dizer que o governo Bolsonaro está comprometido com o combate à corrupção e ao crime organizado. O ministro afirmou que “a Lava Jato existiu basicamente por ilícitos praticados na Petrobras”, o que está longe de ser verdade.

Por má-fé ou desconhecimento, Mendonça não menciona que a operação iniciada no Paraná descortinou o maior esquema de corrupção do planeta.

As empreiteiras que atuavam na Petrobras, em sua maioria, se tornaram complexos grupos econômicos com tentáculos em praticamente todos os setores: infraestrutura, transporte, energia, defesa nacional, agronegócio e até limpeza urbana.

O esquema tragou Executivo e Legislativo, respingou no Judiciário e usou o sistema bancário e o mercado financeiro para lavagem de bilhões desviados dos cofres públicos.

O Supremo fatiou a investigação e a pulverizou pelo país. Em alguns lugares, como Brasília e Rio, frutificou e ainda atormenta o establishment que Bolsonaro e Mendonça alegam combater.

Mendonça disse que “não haverá motivos para uma nova Lava Jato”. Mas as quadrilhas que assaltaram o país, travestidas de partidos políticos, aparelham o governo de plantão e seguem a influenciar os destinos da Nação.

O resto é o resto.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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