Fatiamento da Lava Jato dificulta investigação em outros setores

A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de fatiar a Operação Lava Jato deve dificultar, num primeiro momento, os acordos de delação premiada. É que, no estágio atual das investigações, os procuradores exigiam que os delatores entregassem “novos mercados” em que há corrupção, e não apenas o setor de petróleo, sobre o qual o Ministério Público já detém um vasto arquivo.

DÚVIDA 2

O STF decidiu que informações que não tenham conexão direta com a Petrobras devem ser agora investigadas por outros procuradores e fora da jurisdição do juiz Sergio Moro. E surge a dificuldade: um magistrado só pode dar ao réu os benefícios da delação premiada depois de comprovar que as informações fornecidas por ele são reais. Como elas serão investigadas fora do Paraná, surge a dúvida de como poderão ser usadas nos processos tocados por Moro.

CONEXÃO INDIRETA

O caso da Andrade Gutierrez é exemplar. A expectativa era a de que a empreiteira detalhasse esquemas de corrupção no setor elétrico, já que, depois de tantas delações, pouco teria a acrescentar no escândalo da Petrobras. A questão agora é saber se o que for falado sobre usinas, por exemplo, pode aliviar as penas por irregularidades que a empreiteira supostamente cometeu em obras da estatal do petróleo.

EM TEMPO

A Andrade Gutierrez nega que esteja estudando fazer delação premiada.

monica-bergamo-Luciano-TrevisanMonica Bergamo – Folha de São Paulo

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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