Mistureba à Paulo Guedes

BEM em baixo cubos, médios, de preferência, de carne de panela, o molho indispensável, derivado do produto. Depois acrescenta, um por cima do outro: espaguete, também pode ser talharim, debaixo do feijão mulatinho, macio, de caldo denso; na massa e no feijão o toque delicado, sutil, digamos, espiritual, de alho. E lá em cima, coroando a obra, a cereja do bolo, opcional, só para paladares ousados: cebola fria passada no vinagre. Não vale misturar, não é virado de marmita, é o como o martini do 007, sacudido, nunca mexido. Comida que antes era de pobre. Hoje tem nome francês: Mistureba à Paulo Guedes, o cozinheiro de nossa miséria.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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