Imagem e semelhança

O desfile de ontem, na Esplanada, em Brasília, virou comício. Comício brega, com as atitudes e roupas da claque bolsonarista, em especial o casal arara, o véio e a mulher, a moça da Havan, com a apropriação cultural das cores da bandeira. A caminhonata michou, pois o governador de Brasília, Ibaneis Rocha, peitou Bolsonaro e o Exército, que tentavam desrespeitar a proibição da Justiça. O comício já foi denunciado ao TSE, mas isto também vai michar, pois a extensão da corda de Bolsonaro não tem limites.

Ele deixará o governo e continuará governando com cuspe e malucos, como seu modelo, Donald Trump. A quem lê imagens, não escapa o tapa de luva do presidente Marcelo Rebelo de Souza, de Portugal, que estava no palanque ao lado de Bolsonaro – que recusou-se a recebê-lo porque antes Marcelo tivera um encontro com Lula. Ali, bem marcada a diferença entre o estadista e o ditador bananeiro. Um BBB bagaceiro dá lições de classe a Bolsonaro. Brasil chega nos 200 anos à imagem e semelhança de seu presidente.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Rogério Distéfano - O Insulto Diário. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.