O atril fascista

Nos cultos, missas e sermões padres e pastores falam do alto do púlpito. As entrevistas de políticos também usam a estante, móvel ou não, com o plano inclinado para repousar os papeis usados na fala. A palavra me fugiu hoje durante o apagão. Mais tarde, ao procurar, não encontrei; pior, nem lembrei a palavra. Fiz a viagem habitual, de conferir no inglês como é em português. Funcionou. Em inglês é lectern, que se traduz no português para atril ou facisto. O atril até passa, só tem vida no dicionário. Já o facisto faz sentido quando assistimos políticos enraivecidos como Jair Bolsonaro e pastores desvairados como Silas Malafaia. Ah, sim, o facisto dessa gente leva um ‘s’ entre o ‘a’ e o ‘c’.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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