Jogador de Itararé que morreu em incêndio no Flamengo estava há uma semana no Rio de Janeiro

Reprodução Facebook

Segundo a família, Gedson dos Santos, de 14 anos, estava há dois dias no Centro de Treinamento Ninho do Urubu. Incêndio matou 10 pessoas e deixou três jogadores da base do clube com queimaduras.

O adolescente Gedson Beltrão dos Santos Corgosinho, de 14 anos e que tem família em Itararé (SP), está entre as 10 vítimas da tragédia no CT Ninho do Urubu, do Flamengo, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (8). Gedson era atacante e tinha ido para o Rio de Janeiro há uma semana, segundo o tio Agenor Monteiro.

Após o fim do contrato com o Athletico Paranaense em dezembro de 2018, Gedson foi escolhido para ir para o Flamengo depois que o clube fez parceria com o Trieste. Ainda de acordo com o parente, ele estava no Centro de Treinamento há apenas dois dias e ia começar a treinar pelo clube nos próximos dias.

“Ele estava no Athletico e depois do empresário levar para o Rio, ele foi escolhido. Ia começar a jogar e estava muito feliz, porque era a realização de um sonho. Na noite, antes do incêndio, falou com meu irmão e disse que ia conhecer o Maracanã e começar os treinos”, afirmou ao G1. Nas redes sociais, Gedson, que era conhecido como Gedinho, chegou a postar horas antes do incêndio que havia se mudado para o Rio de Janeiro.

A notícia do incêndio chegou para a família no início da manhã. Segundo Agenor, a família foi para São Paulo e, na sequência, para o Rio de Janeiro. De acordo com o ex-técnico de Gedson, Murilo Pontes, antes do adolescente ir para o Flamengo, Gedson jogou no Trieste Futebol Clube, de Curitiba, no Athletico-PR e começou no projeto Associação Atlética Banco do Brasil, em Itararé.

“Ele começou com a gente e sempre foi um garoto de destaque. Muito dedicado e bem competitivo. Daqui, já foi pra Curitiba e ia se destacando. Era um garoto promissor e todos nós ficamos muito triste”, afirma o coordenador do projeto Associação Atlética Banco do Brasil.

Após a tragédia, muitas mensagens de luto foram publicadas na página do jogador. “Eram tão jovens. Com tantos sonhos, tantas esperanças. Que Deus conforte as famílias”, escreveu um internauta.

“Hoje o seu sonho se encerra, mas o seu talento, dedicação, profissionalismo mesmo sendo muito jovem, continuará alimentando os sonhos de todos o seus amigos que aqui permanecem. Seu exemplo continuará arrastando todos seus colegas da escolinha. Hoje todos nós choramos no mesmo tom pela sua partida, mas na certeza que no céu, é um anjo a velar pelos coleguinhas que seguem no mesmo sonho que era o seu. Deus conforte familiares, amigos”, publicou um internauta.

Ao G1, uma parente do garoto, ele sempre sonhou em ser jogador de futebol desde criança. “Ele era o orgulho e a esperança da família. Estamos muito abalados”, afirmou. O prefeito de Itararé Heliton do Vale publicou em suas redes sociais lamentando a morte de Gedson.

“Ninguém deveria nos deixar assim, tão cedo. Com tantos sonhos. Com tantos planos. Mas Deus sabe a hora de cada partida. Sabe a hora de apitar o fim do jogo. Mesmo que, para nós, não faça sentido. Minha solidariedade aos pais, amigos e familiares do grande Gedinho que, tão novo, já brilhava em campo e, agora, brilha lá no céu. Contem com minhas orações.”

Itapetininga e Região

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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