Justiça d’além fronteiras

Maria e Lula_ (1)Luiz Inácio Lula da Silva e José Maria Marin. Foto de Misquici

A prisão do cartola brasileiro José Maria Marin, na Suiça, mostra que punição para corrupto brasileiro é coisa de estrangeiro. Só acontece se o patife nacional faz das suas em países onde existe lei, como nos Estados Unidos e na Europa. Um exemplo disso é a situação do notório Paulo Maluf, que faz das suas no Brasil e por aqui as suas safadezas ficam por isso mesmo. Os processos contra ele rolam lentamente na leseira dos trâmites jurídicos brasileiros e passa tanto tempo que ele até acaba absolvido pela idade. A lei aqui tem inclusive essa facilitação. Corrupto se safa da punição com o avançar da idade.

Maluf, por sinal, teve Marin como vice-governador nos anos 70, quando ambos foram nomeados para o governo de São Paulo pela ditadura militar. Desde aquela época que Maluf está na boa por aqui, mas não pode viajar para o exterior senão será preso. A Interpol tem um mandato contra ele, então acabaram-se as viagens para Miami e outros paraísos, inclusive os fiscais. Visitas à Suiça, então, nem pensar. E a encrenca dele é exatamente com os Estados Unidos, onde já esteve até preso. Marin devia ter aprendido com seu antigo mentor a ficar quietinho aprontando apenas no Brasil, mas foi fazer das suas em lugares sérios e deu no que deu.  As penas nos Estados Unidos para os crimes que levaram à sua prisão podem chegar a 20 anos de cadeia.

 Essa justiça que se faz no exterior contra corrupto verde-amarelo pode trazer outras boas notícias sobre um evento esportivo muito suspeito que tivemos por aqui recentemente. O Departamento de Justiça americano informou que a Copa do Mundo de 2014 também está sob investigação. A gente lembra muito bem a maquinação política que foi feita por Lula, ainda como presidente da República, para trazer esta Copa para o Brasil. O evento foi parte de um esquema pesado para desviar a atenção da opinião pública dos problemas administrativos e a corrupção, que já estavam bastante embalados em seu governo. A Copa foi também uma peça de propaganda importante na eleição de Dilma Rousseff. A maquinação foi tão safada que marcaram a entrega da taça num dia 13, o número do PT. O problema foi aquele triste 7 a 1 tomado da Alemanha, que comprovou a conhecida fama de pé-frio do Lula.

E agora a torcida brasileira pode enfim ver esclarecidas as suspeitas que ficaram daquela Copa do Mundo. Com os americanos na investigação, com certeza o resultado não será como aqui, onde temos uma Justiça tão cega que não consegue ver nem elefantes brancos superfaturados.

José Pires

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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