Lágrimas da crocodila

Micheque lamenta viver “em casa alugada”. Caso talvez único no Brasil, em que os ricos vivem nas mansões, os remediados em casas do BNH, os pobres na Minha Casa, Minha Vida de Dilma e os miseráveis nas favelas que despencam com as chuvas. Na casa alugada, Micheque vive com dois pets, adotados como os indiozinhos de Damares Alves, a senadora que chama de sua. Micheque nunca viveu em casa alugada.

Vivia com os pais nos confins de Brazilândia, depois com Jair Bolsonaro, um especulador em imóveis e rachadinhas. O lamento de Micheque deve ser aviso ao marido, que não manda dinheiro para fechar as contas. Lágrimas de crocodilo. Como destaque na escola de samba do PL, Micheque recebe salário de princesa, ato cavalheiresco e desinteressado de Valdemar da Costa Neto, presidente do partido.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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