Lira cobra mais

A reunião entre o presidente Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), teve mais o tom de cobrança do que de acerto de contas. O deputado voltou a relatar uma insatisfação de lideranças do Congresso com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e disse que as demandas dos parlamentares serão tratadas, preferencialmente, com Rui Costa (Casa Civil).

Na conversa, o presidente da Câmara também reforçou que Padilha perdeu condições políticas de permanecer no cargo, já que o ministro é tratado com desconfiança pela maioria dos deputados .

Lira disse a Lula que considera precipitado o movimento do governo em busca de alternativas para a eleição de presidente da Câmara, que ocorrerá em fevereiro de 2025. Como mostrou o Bastidor, o Palácio do Planalto e lideranças petistas iniciaram uma reaproximação com Marcos Pereira (Republicanos). Hoje, ele é visto como o candidato mais viável para desbancar Elmar Nascimento (União Brasil), preferido de Lira, mas tratado como “inconfiável” por aliados do PT.

Lira pediu, por ora, que o governo fique de fora da disputa. Lula, no entanto, já deu aval para consultas sobre a viabilidade de seus nomes favoritos: além de Pereira, o líder do PSD, Antônio Brito.

Outro assunto debatido entre Lula e Lira foi a insatisfação com a ministra da Saúde, Nísia Trindade. O presidente da Câmara chegou a pedir esclarecimentos sobre os critérios de liberação de emendas da pasta. O petista entendeu o recado: em ano eleitoral, o Centrão quer acesso ao orçamento comandado por Nísia. Lula prometeu uma conversa com a ministra.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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