Livro decifra o fenômeno cultural das feiras livres

A doutora em História Juliana Cristina Reinhardt autografa “Moça bonita não paga, mas também não leva! Feira Livre” no próximo domingo, dia 24 de setembro, a partir das 10 horas, na feira livre da Praça 29 de Março.

Publicada pela Editora Máquina de Escrever, a obra traz um “mergulho” nesse fenômeno da cultura brasileira que sobrevive apesar da onipresença de grandes mercados, quitandas e vendas. Instituição informal em nosso país, a feira está presente em praticamente todas as cidades do Brasil. Hábitos alimentares e produtos regionais podem ser observados em uma feira, bem como a forma de se relacionar dos moradores da região.

“Moça bonita não paga, mas também não leva! Feira Livre”, a exemplo de uma feira, traz um pouco de tudo desse fenômeno antropológico, com foco na cidade de Curitiba, onde cerca de 40 feiras acontecem toda semana em vários pontos da capital paranaense.

Percorrer as páginas de “Moça bonita não paga, mas também não leva! Feira Livre” também é fazer um rolê pelas muitas feiras da capital do Paraná, do Rebouças, Vila Hauer ao Bom Retiro, passando pelo Alto da Glória, na imediações do estádio Couto Pereira, com 100 bancas todos os sábados, até a praça 29 de Março, um ponto que concentra políticos.
“Se antes tínhamos somente feiras diurnas, agora há muitas opções noturnas, com barracas e trailers de comidas, os food trucks. O sucesso da comida pronta fez surgir as Feiras Gastronômicas, mostrando as inovações para os frequentadores”, explica a autora, acrescentando que a tradição para se manter, deve se renovar.

A feira livre, define Juliana Cristina Reinhardt, mexe com os sentidos e tem todo um show particular: observamos o colorido das frutas, verduras e legumes. Tateamos um por um, para então escolher e até mesmo provar. “Comemos o pastel, tomamos a garapa. Sentimos a mistura dos odores e ouvimos as negociações. Um espetáculo a céu aberto”, diz Juliana.
De acordo com a historiadora, valorizar a feira livre é manter um espaço de exercício da cultura tradicional popular e urbana que deve, de alguma forma, ser reverenciada. É isso, e muito mais, que ela, Juliana Cristina Reinhardt, realiza neste “Moça bonita não paga, mas também não leva! Feira Livre” – inclusive, o título da obra é uma frase repetida em feiras em todo o Brasil: “Moça bonita não paga, mas também não leva!”

Projeto aprovado no Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura | PROFICE da Secretaria de Estado da Cultura | Governo do Estado do Paraná. Empresa incentivadora: Havan

SOBRE A AUTORA

Juliana Cristina Reinhardt é graduada em Nutrição pela UFPR, com mestrado e doutorado em História defendidos na mesma instituição. Atualmente, ela trabalha com produção cultural na Editora Máquina de Escrever. Dentre os trabalhos e projetos concebidos, produzidos e executados na área de patrimônio cultural, é autora dos seguintes livros: “A Padaria América e o pão das gerações curitibanas” (2010), “Dize-me o que comes e te direi quem és: alemães, comida e identidade” (2012), “Entre Strudel, bolachas e stollen: receitas e memórias” (2012), “Alemães, comida e identidade: uma tese ilustrada” (2014), “Igreja alemã: Christuskirche, Igreja de Cristo” (2015), “Se essa rua fosse minha: Santa Felicidade e seus italianos” (2020), “Igreja Ortodoxa São Jorge: encontro dos árabes em Curitiba” (2022).

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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